Mediação imobiliária, ética e experiência: o papel do consultor técnico

26/11/2025

Comprar ou vender casa é, para a maioria das famílias, uma das decisões financeiras mais importantes de toda a vida. Em Portugal, a mediação imobiliária está regulada pela Lei n.º 15/2013 e fiscalizada pelo IMPIC, que exige licença AMI, seguro de responsabilidade civil e alguns requisitos mínimos às empresas do setor. No entanto, do ponto de vista técnico, a regulamentação continua a ser pouco exigente e não obriga, por exemplo, a habilitações específicas nem a um percurso formativo aprofundado.

Mas não é por a lei ser pouco exigente que o consultor imobiliário deve ser pouco exigente consigo próprio.


Formação e experiência: o consultor como técnico, não apenas vendedor

O setor imobiliário está cada vez mais complexo: regras urbanísticas, exigências de certificação energética, prevenção de branqueamento de capitais, alterações fiscais e novas formas de financiamento exigem profissionais mais preparados, com formação contínua e verdadeira capacidade de análise.

Um consultor imobiliário, para além da vertente comercial e das relações humanas com os clientes, deve ser capaz de:

  • interpretar e explicar documentação (certidão permanente, caderneta predial, habilitação de herdeiros, escrituras, licença de utilização, certificado energético, ficha técnica de Habitação, plantas, direitos de preferência, etc...);

  • compreender índices e regras urbanísticas e as implicações de obras e ampliações;

  • interpretar avaliações imobiliárias e estudos de mercado;

  • enquadrar fiscalmente a operação, em articulação com outros profissionais;

  • ter um forte conhecimento de direito imobiliário e das principais obrigações legais associadas à transação.

Aqui, a formação e a experiência devem caminhar lado a lado. A experiência traz sensibilidade para o mercado e para a negociação. A formação académica e a formação contínua garantem uma base técnica sólida e atualizada, alinhada com as melhores práticas nacionais e europeias e com os códigos de ética e de conduta que o próprio setor tem vindo a adotar.


O que têm feito as associações representativas do setor?

As entidades representativas do setor têm ainda feito muito pouco para criar mecanismos claros de profissionalização. Falta uma visão mais ambiciosa: definir padrões mínimos de formação, promover códigos de ética vinculativos e defender, junto do legislador, um estatuto verdadeiramente exigente para quem pretende exercer mediação imobiliária.

Basta olhar para outros mercados (como, por exemplo, França) onde as associações profissionais assumiram como missão a defesa da qualidade e da credibilidade da atividade para perceber que o caminho passa menos por discursos e mais por medidas concretas, consistentes e monitorizáveis.


O nosso compromisso 

Na Imobiliária ARGILIPE acreditamos que o consultor imobiliário deve ser um verdadeiro consultor técnico: ético, informado e preparado para defender o cliente em todas as fases do processo. A nível pessoal, enquanto consultor e técnico nas áreas do imobiliário, arquitetura e engenharia, assumo o compromisso de ir muito além do mínimo legal.

Por isso, apostamos no investimento em formação, no rigor na análise dos imóveis e em práticas transparentes. Antes de colocar um imóvel no mercado, validamos documentação, enquadramento urbanístico e implicações fiscais, para que cada cliente saiba exatamente o que está a comprar ou a vender. Só assim cada decisão é tomada com segurança, confiança e sentido de responsabilidade.